Editora CEV. Brasil 2018. 92 páginas.

Sobre

Ainda em busca de mais basquete 

Aproximadamente há sete anos lancei, em parceria com o jornalista Álvaro Guimarães, a Revista Mais Basquete na comemoração dos 24 anos vitória do Brasil sobre os EUA no Pan-Americano de Indianópolis. O objetivo era e, continua sendo, propor o debate sobre o basquete brasileiro e contribuir para que o mesmo encontro um ponto que o torne grande novamente, como na época de Wlamir Marques, Algodão ou na luta incessante de Oscar, Marcel, Pipoca, Guerrinha e outro para manterem o legado.

Pois bem, Rubem Alves coloca que o conhecimento deve ser antropofagicamente saboreado. Come-o, então. Incorpora a teu ser esse novo aprendizado. Mas há que ter cuidado, pois esse desejo de possuir o conhecimento pode se confundir com poder e este levar a tirania. Ter o conhecimento pressupõe saber usá-lo, saber leva-lo aos mais distantes pagos e, nessa caminhada, retornar ao lar com novos aprendizados que nos façam evoluir como seres xiii humanos.

Assim como buscamos produzir a revista em portable document format, o popular PDF, também lanço este livro neste formato, com a reprodução seletiva de alguns dos artigos de outrora e agregação de novos para dar voz ao novo e não deixar perderem-se magníficos escritos com potencial agregador, histórico e contemporâneo em prol do nosso basquete.

Assim como a revista, este livro objetiva contribuir com a (re)construção do basquete através de uma visão positiva na formação de todos os técnicos de basquete, estudantes e professores de educação física do Brasil e agregar mais alimento aos nossos espíritos.

A produção exposta nos dois números da Revista Mais Basquete foi elaborada por técnicos da modalidade de diversas partes do país que aceitaram o desafio de contribuir através da socialização do conhecimento que os movimenta em torno do basquete. São técnicos conhecidos dos brasileiros e alguns com projeção internacional. São profissionais que demonstram o interesse e o desprendimento em prol do crescimento do basquete brasileiro. São profissionais que sabem da situação de nossa modalidade e por isto doaram tempo e xiv conhecimento, reflexões e propostas, um pouco de suas práxis e muito de seu talento. Eles abraçaram a ideia e socializaram seus textos e pensamentos com uma humildade que surpreendeu e ainda me deixa muito feliz. Tudo isso na tentativa incansável de autorreflexão, qualificação e desenvolvimento do esporte que amamos.

Portanto, quando falo de antropofagia, me refiro a metáfora da magia da incorporação do conhecimento novo ao que já sou. Espero que todos também se sintam da mesma forma, pois o conteúdo aqui reproduzido é qualificado demais e merece ser consumido permanentemente.

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