Resumo

O treinamento muscular Inspiratório (TMI) é um recurso fisioterapêutico que pode trazer benefícios, como o aumento da força e da resistência muscular respiratória, resultando em maior qualidade de vida. Trata-se de um recurso utilizado junto ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca Crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, o TMI pode causar atenuação do reflexo metabólico da musculatura inspiratória e proporcionar melhora das respostas cardiovasculares ao exercício físico. O TMI se traduz em maiores benefícios principalmente para os pacientes com fraqueza dos músculos inspiratórios. Porém, nenhum estudo avaliou os efeitos dessa técnica junto ao treinamento de atletas. Assim, o objetivo deste estudo será avaliar os efeitos do TMI sobre a função pulmonar e força muscular respiratória em um montanhista. As avaliações foram realizadas antes, durante e ao final do treinamento de quatro semanas por meio de incentivador respiratório NCS Respiron Athtletic 3, com alto nível de resistência. Foi analisado um estudo de caso em um indivíduo saudável, 32 anos, atleta de esportes outdoor, não fumante, não fazendo uso de nenhuma medicação. Realiza treino de corrida em trilha, corrida em montanha, caminhada equipada de longa distância, musculação funcional, ioga e pedalada. O voluntário realizou o TMI 12 vezes por semana durante três semanas, totalizando 32 sessões. O treino foi dividido em 2 sessões diárias de 5 minutos de duração cada, o que corresponde a uma sequência ininterrupta de 30 inspirações, uma seção pela manhã e outra pela tarde, perfazendo 10 minutos diários. A carga do dispositivo de treino inspiratório foi reajustada semanalmente, começando com 30% da pressão inspiratória máxima do indivíduo. O voluntário experimentou uma rápida evolução nas primeiras sessões, passando rapidamente de 50 para 80 cmH2O. Mais tarde, porém, percebeu-se uma dificuldade crescente em aumentar a carga em tempos curtos, exigindo um período maior de adaptação. Na primeira fase (primeiras 10 sessões) observou-se o primeiro ciclo de aumento rápido de carga (de 50 para 80 cmH2O) até o pico máximo (95 cmH2O), seguido de uma recuperação até cargas mais reduzidas em relação ao normal (de 95 para 65 cmH2O).

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