Resumo

A prova de 200 m nado livre apresenta condições energéticas que oferecem desafios para nadadores, treinadores e cientistas do esporte. Objetivos deste estudo foram identificar (1) a energia total associada a uma prova de 200 m nado livre simulada; (2) a contribuição do metabolismo aeróbio e anaeróbio à energia total; e (3) as correlações entre desempenho, contribuição aeróbia, contribuição anaeróbia e energia total. Participaram 12 nadadores do sexo masculino (idade: 18,3 ± 2,9 anos), cujo melhor tempo na prova de 200 m nado livre era 125,2 ± 2,7 s. Além de variáveis antropométricas, foram obtidos, de 200 m nado crawl, executados em piscina de 25 m, sob máxima intensidade, desempenho em s, transformados em valores pontuais (DESP), considerando o recorde mundial da prova como 1000 pontos. Antes da realização dos 200 m foram identificados o consumo de oxigênio (VO2r) e a concentração de lactato, ambos de repouso ([LAr]). Após os 200 m foram identificados o consumo de oxigênio pós esforço (VO2e), pelo método de retroextrapolação e o pico de concentração de lactato P[LA]. Para identificar os valores de VO2 foi utilizado um analisador de gases portátil e para os valores de [LA] um lactímetro portátil. Dos valores de VO2 e [LA] foram calculados os valores líquidos dos mesmos (VO2l e [LAL] e a energia total (Etot) relativa aos 200 m. O desempenho dos nadadores avaliados foi de 130,2 ± 2,8 s (711,8 ± 29,1 pontos). Valores de VO2l, [LA]L e Etot foram de, respectivamente, 55,5 ± 5,5 •kg-1•min-1, 11,15 ± 1,17 mmol•l-1 e 67,2 ± 5,5 ml•kg-1•min-1. A contribuição aeróbia foi de aproximadamente 80%. Correlações significativas e negativas foram encontradas entre DESP e VO2l e entre DESP e Etot. Nadadores mais econômicos apresentam melhor desempenho na prova de 200 m nado livre.

Acessar