Resumo

Este texto narra a descoberta de uma bailarina, que ao se deparar com a representatividade e militância gorda das redes sociais, se reconhece enquanto uma bailarina gorda. Assim, ela interrompe as tentativas de caber e ocupa seu espaço na dança. Para tanto, será contextualizado os atravessamentos que este corpo tem perpassado, em uma sociedade que se pauta em um estereótipo de magreza, e que estigmatiza e marginaliza os corpos gordos. O âmbito da dança não se afasta deste contexto e muitas vezes até reforça tais questões, reproduzindo em lentes de aumento as relações da sociedade. Portanto, através desta narrativa, pretende-se refletir a importância da representatividade das bailarinas gordas nas redes sociais, partindo da noção da filósofa Malu Jimezes, de autoetonografia dos estudos do corpo gordo. A experiência da aproximação da autora, com suas pares no ciberespaço, será evidenciada através de três principais referências: a bailarina Rafaela Machado, a pole dancer Drea Costa e a cantora e compositora Aila Menezes.