Resumo

Ancorado nos estudos queers, o presente artigo visa a problematizar o processo de padronização de condutas, negação da homossexualidade e construção da homofobia por intermédio de algumas práticas escolares da disciplina de Educação Física. A partir de relatos gerados por entrevistas semiestruturadas, foi possível inferir que, dentre os conteúdos curriculares da área, os esportes são mobilizados para a construção e a manutenção de uma representação de masculinidade que subjuga e hierarquiza outras expressões da existência. Portanto, nesse jogo relacional, estudantes que não se adequam (ou não querem se adequar) aos modelos hegemônicos são alvos de constantes demarcações depreciativas, as quais objetivam estabelecer uma diferença que será “lida” socialmente como “anormalidade”.  

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