Resumo

presente investigação objetivou apreender as representações sociais do envelhecimento entre idosos de grupos de convivências e Instituições de Longa Permanência (ILPI’s), tendo em vista o aumento significativo na população brasileira nessa faixa etária e, sobretudo, contribuir para uma melhor compreensão e elucidação dos aspectos psicossociais, sobre o prisma do aporte teórico das representações sociais. A amostra foi não-probabilística, intencional e acidental constituída de 100 idosos, de ambos os sexos (85% feminino e 15% masculino), participantes dos grupos de convivência (50) estes são mantidos pelo Programa é Pra Viver da Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB. O outro grupo (50) são idosos que residem em Instituições de Longa Permanência todas tem caráter filantrópico. Utilizou-se como instrumento para coleta dos dados da pesquisa a técnica da entrevista semi-estruturada com uma questão norteadora: Para o (a) senhor (a) o que é envelhecimento? Posteriormente foi utilizado para análise dos dados o software Alceste através da Análise Hierárquica Descendente. Os dados obtidos revelaram a importância constitucional que os grupos de convivências têm para essa população, caracterizando-se como um espaço por excelência, onde as práticas sociais desenvolvidas contribuem para que os idosos exerçam seus papéis de cidadãos. Nos idosos das ILPI’s pode-se verificar a ausência dos familiares, bem como o desejo de poder vivenciar sua velhice no seu próprio âmbito sócio-familiar. Salienta-se a pertinência de contemplar as representações relacionadas à inserção do idoso no contexto familiar, uma vez que este conhecimento compartilhado por este grupo de pertença/afiliação orienta seus comportamentos e a comunicação intragrupo.