Resumo
INTRODUÇÃO: o crescimento populacional de idosos tem promovido amplas discussões em torno impacto social e proposições acerca da epidemiologia do envelhecimento. O envelhecimento provoca a redução das funções vitais, dos níveis de saúde e mobilidade podendo ser um fator de agravo à qualidade de vida do idoso. OBJETIVO: identificar o nível de atividade física, a percepção de saúde e qualidade de vida em idosos participantes de grupo de convivência do Baixo São Francisco Sergipano. MÉTODOS: o estudo é uma pesquisa epidemiológica descritiva e transversal. A população foi composta de idosas participantes de grupos de convivência ligados ao CRAS/CREAS. A amostra foi composta por 184 idosas de 11 municípios do Território Baixo São Francisco (SE), com idade de 69±7,16 anos. Utilizou-se os questionários ABEP, WHOQOL-BREF e IPAQ para descrição do nível socioeconômico, a percepção de qualidade de vida e satisfação com a saúde, e níveis de atividade física. Foi utilizada a Regressão logística binária com estimador robusto com nível de significância de 5% organizada em modelos univariados e multivariados. Para tratamento estatístico foi utilizado o SPSS versão 22. RESULTADOS: os principais resultados indicam que os baixos níveis de escolaridade e renda não interferem de forma negativa na percepção de saúde e Qualidade de vida (p=0,271). A utilização de medicamentos (p=0,03) e limitações motoras para doenças relatadas (p=0,02) interferem de forma negativa na percepção de saúde e qualidade de vida. O nível de atividade física não houve diferença significativa, 50,5% apresentaram bons níveis de atividade física. CONCLUSÃO: as relações sociais em grupos de convivência são fatores que favorecem a melhoria da autoestima e a percepção positiva na promoção da saúde e qualidade do idoso, por meio do envelhecimento ativo, sendo, uma prática a ser considerada como medida de saúde pública em relação a sua sistemática, planejamento e intervenção no processo de envelhecimento.