Epidemiologia de Lesões Musculoesqueléticas em Praticantes Amadores de Futebol
Por Marcus Victor Prudencio Gonçalves (Autor), Giuliano Moreto Onaka (Autor), Dayana das Graças (Autor), Rodrigo Luiz Carregaro (Autor), Paula Felippe Martinez (Autor), Silvio Assis de Oliveira Júnior (Autor).
Em Motricidade v. 11, n 4, 2015. Da página 134 a 141
Resumo
Este estudo teve por objetivo analisar a epidemiologia de lesões musculoesqueléticas (LME) no futebol, relacionando-as com frequência de prática e nível de atividade física. A casuística integrou 126 participantes homens, praticantes regulares de futebol amador em diferentes centros poliesportivos de Campo Grande/MS. Os participantes foram distribuídos em quatro grupos, de acordo com a frequência semanal de prática de futebol: G1, um dia, G2, dois dias, G3, três dias, e G4, quatro ou mais dias de atividade, com duração de 10 a 60 minutos. Para a tomada de informações sobre o nível de atividade física e LME, foram utilizados, respectivamente, o questionário internacional de atividade física (IPAQ) e um inquérito de morbidade referida. Não se constatou uma associação entre prática de futebol e nível de atividade física; o G4 mostrou maiores valores de gasto metabólico. Foram registrados 96 LME, envolvendo 87 participantes (69%), totalizando 1,52 LME/ praticante. Constatou-se um predomínio de lesões musculares (36%) e articulares (34%) em membros inferiores. O trauma constituiu o principal mecanismo de lesão (28%), destacando-se como a maior causa no G3. Foi possível constatar que a frequência de prática de futebol não se associa diretamente com a ocorrência de LME entre jogadores amadores de futebol.