Resumo

A epilepsia constitui um problema médico-social de alta relevânci_ atingindo pessoas em todo o mundo. Entretanto os preconceitos e reações estigmatizantes por parte da família e da sociedade, constituem ainda empecilho para que os epiléticos possam exercer seus direitos humanos básicos, enfim, viver com qualidade. Buscou-se nesse estudo, verificar o impacto da epilepsia na vida de crianças e adolescentes epiléticos, através da abordagem de diversos fatores relacionados ao distúrbio, crenças, estigmas, interação com a família, ajustamento social, comportamentos, emoções, o lazer e a escola enfocando a qualidade da interação do aluno epilético com a Educação Física. Para tanto, o trabalho envolveu 40 crianças e adolescentes epiléticos de 10 a 16 anos associados a Associação de Epilepsia do Sudeste Goiano, seus familiares (40 pais ou mães) e 15 professores de Educação Física aos quais foram aplicados os respectivos questionários. Utilizou-se também de entrevistas com 2 médicos neurologistas. Tendo em vista os objetivos desse estudo, constatou-se que a desinformação e a incompreensão da epilepsia por parte dos pais e professores de Educação Física inviabilizam ou limitam oportunidades que favoreçam o desenvolvimento integral do epilético, o qual manifesta dificuldades ou alterações de ordem biopsicossociais, que interferem no processo de construção de sua identidade e das suas relações com o mundo e consigo mesmos. Necessário se faz que os pais, professores e os próprios epiléticos compreendam e tenham uma visão mais otimista frente a epilepsia e a vida, banindo estereótipos e criando atitudes favoráveis a uma boa adaptação no ambiente familiar, social e escolar.

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