Resumo

A estimativa e o cálculo da gordura corporal podem ser realizados por vários métodos laboratoriais (diretos ou indiretos) e/ou de campo (indiretos). O único e mais preciso método direto para se quantificar a gordura corporal é a dissecação cadavérica. Apesar da disponibilidade de uma variedade de métodos, indiretos, bem precisos e modernos, seus usos não são recomendados para avaliar um grande número de pessoas, já que utilizam equipamentos caros, gastam um tempo considerável e necessitam de profissionais altamente qualificados (Norton e Olds, 1996). A busca de técnicas mais fáceis e bem mais econômicas fez com que vários profissionais, no Brasil e no exterior, procurassem uma solução prática e menos dispendiosa nos métodos antropométricos, que preconizam as medidas das dobras cutâneas, dos perímetros musculares e dos diâmetros ósseos, realizados fora dos laboratórios. Apesar da disponibilidade de centenas de modelos matemáticos, o uso de equações não deve ser indiscriminado, pois, a não ser que sejam validadas para grupos de sujeitos com diferentes características, só devem ser utilizadas em grupos para os quais foram desenvolvidas e validadas (Salem, 2004). Portanto, com o intuito de divulgar amplamente os trabalhos nacionais que desenvolveram e validaram equações nacionais para o fracionamento da composição corporal, este estudo teve por objetivo apresentar as principais equações, genéricas e específicas, para a estimativa da densidade e/ou gordura corporal, a partir de medidas antropométricas, desenvolvidas e validadas por autores brasileiros, bem como a metodologia e instrumental utilizados. Considerando somente os estudos envolvendo variáveis antropométricas, as equações desenvolvidas foram as de Dartagnan Pinto Guedes(1985), Edio Luiz Petroski (1995), Anatole Barreto Rodrigues de Carvalho (1998), Ciro Romélio Rodriguez Añez (1999), Renato Shoei Yonamine (2000), Marcelo Salem (2003 e 2006). Palavras-chave: Composição Corporal, Equações Nacionais, Gordura Corporal.

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