Resumo

A taxa metabólica de repouso (TMR) tem sido utilizada rotineiramente por clínicas para estimar as necessidades energéticas em pacientes, bem como por agências governamentais e organizações de saúde definindo as necessidades energéticas da população e no esporte para a orientação energética em atletas. Reconhecendo a necessidade de saber o valor da taxa metabólica de repouso e como nem sempre é possível medi-la utilizando calorimetria, é sugerido o uso de equações que estimam esta variável. Porém o uso contínuo de fórmulas preditivas deve ser reexaminado garantindo desta forma a sua eficiência. Assim este artigo tem três objetivos: 1) analisar a história do desenvolvimento das equações tradicionais de Harris e Benedict (1919), Schofield (1985), WHO/FAO/UNU (1985) e Henry e Rees (1991) utilizadas rotineiramente para medir a TMR em adolescentes; 2) analisar os estudos que testaram a validade destas equações na população de adolescentes; 3) discutir e apontar possíveis fatores intervenientes na resposta da TMR em adolescentes, orientando assim na seleção das variáveis independentes em um futuro desenvolvimento de equações para a população brasileira. Os resultados indicam que as equações analisadas foram desenvolvidas tendo como base avaliações ou dados compilados realizados especialmente no inicio do século 20, e que os estudos que testaram a validade destas equações, demonstraram variabilidade nos resultados encontrados, confirmando a impossibilidade de desenvolver uma equação universal. O estudo apontou também que as futuras equações para estimar a TMR devem ser desenvolvidas para populações especificas levando em consideração especialmente a região e a raça do indivíduo.

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