Equilíbrio e Risco de Quedas em Idosos da Amazônia: da Vida Urbana Ao Meio Ambiente Ribeirinho
Por Ana Caroline da Silva Pereira (Autor), Andreia Silva Rodrigues (Autor), Charles Richardson Moreira da Costa (Autor), Nádia Barreto dos Santos (Autor), Soanne Chyara da Silva Soares (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 27, n 4, 2019.
Resumo
Analisar o equilíbrio e o risco de quedas de idosos ribeirinhos e urbanos no contexto amazônico. A amostra foi composta de 78 idosos, 43 residentes na ilha ribeirinha de Jacaré Xingu e 35 do município de Belém. Foi realizada entrevista com questionário próprio para fins de levantamento de dados sociodemográfico das regiões estudadas, teste funcional de equilíbrio por meio da Escala de Equilíbrio de Berg que possui 14 itens pontuados de 0 a 4 somando um total de 56 pontos, e entrevista com questionário Falls Efficacy Scale International- FES-1 que pode ser pontuado numa escala ordinal de 1 a 4 pontos e a pontuação máxima obtida neste questionário é de 64 pontos. Foi realizada a análise descritiva, o Teste t student para comparar os grupos estudados, além do teste de correlação de Pearson. O nível de significância foi de 0,05 (p<0,05) para todas as análises estatísticas. Idosos ribeirinhos tiveram maior frequência de quedas que os urbanos, apresentaram índice de equilíbrio superior aos dos urbanos (p=0,000), e nas provas por tarefas obtiveram significância estatística para atividades de bases de sustentação (p=0,0004), componentes rotacionais (p= 0,013) e provas estacionárias (p=0,014). Na avaliação do risco de quedas (FES-1) não houve diferença significativa entre os grupos. Os resultados mostram que os idosos ribeirinhos possuem maior frequência de quedas, melhor equilíbrio postural, isto pode ser apontado devido às tarefas realizadas diariamente em seu meio ambiente, na qual mesmo possuindo medo de cair igual aos idosos da região urbana, seu estilo de vida favorece a uma melhor capacidade funcional.