Resumo

A identificação de déficits motores é primordial para a elaboração de estratégias voltadas à manutenção da aptidão motora do idoso. Entre os instrumentos direcionados à avaliação desses parâmetros, destaca-se a Escala Motora para Terceira Idade (EMTI). A presente revisão objetivou explorar os indicadores bibliométricos da produção científica sobre a EMTI, identificar o delineamento dessas pesquisas e caracterizar a Aptidão Motora Geral (AMG) das amostras investigadas. As buscas foram realizadas nas bases eletrônicas Web of Science, CINAHL, Science Direct, Scielo, LILACS, PubMed, Scopus e Google Acadêmico. Vinte e três (23) artigos foram elegíveis para esta pesquisa. Verificou-se que os estudos com a EMTI estão concentrados em revistas nacionais com focos e escopos diversificados e que o instrumento vem sendo utilizado por diferentes profissionais, sobretudo da área da saúde. Observou-se, também, que a EMTI possui alcance nacional, sendo Santa Catarina e Rio Grande do Sul os estados que concentram o maior número de trabalhos. A maior parte produção científica apresentou delineamento transversal, aplicou a EMTI na sua forma completa e investigou grupos de idosos com diferentes características. A partir da análise integrada dos estudos, verificou-se que idosos com idade mais avançada, doenças, transtornos, institucionalizados ou pouco ativos apresentaram AMG inferior aos mais jovens, hígidos e/ou praticantes de atividades físicas. Conclui-se que o desenvolvimento de estudos com a EMTI é uma proposta multiprofissional que possui aplicabilidade em diferentes contextos clínicos e de pesquisa. Além disso, a EMTI parece ser uma ferramenta de avaliação capaz de distinguir a aptidão motora de grupos de idosos com diferentes especificidades. Nesse sentido, pode representar um instrumento em potencial para diversos profissionais e pesquisadores que atuam com essa população.

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