Resumo

Ancorado nos estudos de gênero e teoria queer, o presente trabalho objetiva problematizar como a marcação social da homossexualidade é instituída por intermédio de práticas escolares da Educação Física. Apresentam-se relatos da realização de seis entrevistas semiestruturadas com jovens adultos, que se autorreconheceram como homossexuais, acerca de suas experiências em aulas de educação física. Os resultados permitem problematizar que as sexualidades não heterossexuais são estigmatizadas e inseridas em relações hierárquicas nas quais jovens homossexuais são alvo constante de manifestações de preconceito que negativizam suas expressões desejantes. A compreensão sobre algumas práticas corporais na perspectiva dicotômica do gênero, como as esportivas, reitera o processo de construção cultural das masculinidades e feminilidades, relegando às homossexualidades ao âmbito das “ininteligibilidades” sociais.

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