Resumo

As atividades esportivas praticadas ao ar livre são constantemente afetadas pelas condições climáticas, estando o futebol inserido nesse contexto. O objetivo desse estudo é propor um indicador de risco para atividades físicas praticadas no calor que considere as especificidades do futebol e o contexto climático do Estado do Ceará. Consiste em uma pesquisa do tipo descritiva, transversal. A população é constituída por jogadores de futebol e a amostra consta de 179 atletas escolhidos aleatoriamente em 19 clubes pertencentes as Ligas Municipais de Futebol, sediadas em municípios de diferentes tipologias climáticas. A coleta de dados constou de medidas de variáveis climáticas, fisiológicas, morfológicas, demográficas e de caracterização dos treinos. O plano analítico é do tipo quantitativo com uso de estatistica descritiva e inferencial, análise fatorial e discussão teórica. No indicador proposto, a análise de cenários resultou em uma escala de likert de 7 itens. O Escore de Proteção ao Atleta (EPA – CALOR) apresentou um alpha de Cronbach de 0,762 indicando uma boa consistência entre o indicador e seus componentes com coeficiente de correlação intraclasse de 75,9%, e coeficiente de concordância de kendall de 91,2%. A validade concorrente do EPA – CALOR com outros indicadores de risco mostrou uma consistência aceitável (alpha = 0,645) com coeficiente de correlação intraclasse de 64% e coeficiente de concordância de Kendall de 70,6%. O estudo conclui que o EPA – CALOR apresenta características métricas adequadas para ser utilizado como um indicador de risco para prática de futebol, considerando as especificidades climáticas do estado do Ceará.

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