Espaços e equipamentos de lazer
Por Luiz Wilson Pina (Autor), Lucas Goulart (Autor), Sandra de Campos Seixas (Autor).
Parte de Gestão Estratégica das Experiências de Lazer . páginas 189 - 197
Resumo
As dimensões existenciais nas quais se desenvolvem as experiências de lazer conduzem para uma de suas noções mais banalizadas: o lazer individual e coletivo, como as demais atividades humanas, se processa concretamente no tempo e no espaço. Essa ideia também é redutora, ao não considerar as dimensões analisadas pela Psicologia e pela Psicossociologia como, por exemplo, a percepção que se diferencia entre indivíduos e culturas sociais. A dimensão tempo é objeto de vasto estudo, desde que o lazer passou a ser um assunto analisado por pesquisadores acadêmicos. Suas características sociais e culturais mudaram muito nos dois últimos séculos, ao se observar o fenômeno com uma perspectiva mais alongada. Atualmente, os estudos feitos nos 35 países componentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, sigla em inglês OECD), informados em quadros estatísticos, indicam que 20% do tempo anual, na média do conjunto de seus membros, é utilizado no trabalho, sobrando 80% para outras ocupações e funções A referência acima direciona para outras compreensões do espaço de nossas vivências: ele seria rico de significados e de representações, que merecem estudos, análises e ponderações, considerando a qualidade das experiências que neles podemos desenvolver. Dentre essas experiências, por que não estudar as relações funcionais, qualitativas, de uso, apropriação e percepção dos indivíduos e das coletividades com os seus respectivos espaços de lazer?