Esporte como espaço de respiração na era do extremo
Por Mauricio Silva de Avila (Autor), Júlio César Madeira (Autor).
Resumo
A presente reflexão desloca o eixo de suas análises em torno do paradigma, em que nossa civilização se caracteriza como uma verdadeira sociedade de risco, sob o ponto de vista ambiental. Essa reflexão se justifica pela imersão que estamos na chamada hipermodernidade – a era moderna vivenciada sob o prisma extremo. Nesse sentido existem diversos instrumentos para a contribuição no desiderato de preservação da natureza. Dentre esses, situamos a educação ambiental como uma ferramenta que vem a contribuir em vários aspectos para a compreensão e discussão dos problemas ambientais atuais, sobretudo, quando se pensa a partir de uma linguagem dialógica de cunho emancipador trazida por Paulo Freire. Em face de um processo civilizatório vivenciado, onde as pessoas convivem diariamente com altas cargas de sensações das mais diversas amplitudes, em virtude da velocidade em que as relações se desenvolvem, necessário se faz que em algum momento que as pessoas reflitam e desacelerem. As pessoas precisam educar o seu corpo, zelar pela manutenção de um equilíbrio orgânico para que as suas vidas caminhem de forma a tornarem-se pessoas com uma maior qualidade no cotidiano e que desenvolvam seus modos de vida com maior efetividade. É imprescindível por assim dizer a afirmação de que estamos necessitando cuidar da saúde. O esporte nessa monta surge como uma das ferramentas de conversão desse sujeito para a conscientização das pessoas, para novos hábitos que venham a incrementar uma vida saudável. Na prática o esporte vem a contribuir na promoção de um novo sujeito, mais apropriado de seus próprios sentidos, constituindo caminhos para que sejam desenvolvidos ao lado de outras ferramentas, habilidades para que esse sujeito concretize uma vida digna e de realização. Assim, a partir de um exercício bibliográfico, com o auxilio da teoria sociológica, se dá a construção dessa análise acerca da descrição desse sujeito enquanto ser imerso em um mundo complexo e altamente entrelaçado.