Resumo

O presente ensaio teórico investiga a estrutura mimética do lazer esportivo, em sua relação com a saúde afetiva. Evoca-se o princípio da segmentaridade, categoria absolutamente nuclear para a antropologia, como conceito operador da interpretação elaborada. O argumento central sugere que o esporte organiza em termos mais estáveis, processos de segmentação social que, na vida cotidiana, são dotados de grande incerteza. Nesse sentido, a prática lúdica do esporte oferece um laboratório de experimentação emocional que concorre para a formação de subjetividades habituadas a interagir com conflitos e diferenças; portanto, subjetividades resistentes à evitação da alteridade e, por conseguinte, ao medo e ao mal-estar que marcam as formas de vida baseadas em padronização identitária.

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