Sobre
COLECIONISMO E EXPOSIÇÃO
MEU INTERESSE EM COLECIONAR SELOS E MOEDAS E PESQUISAR O QUE ESTÁ REPRESENTADO NAQUELES PEQUENOS ARTEFATOS SURGIU POR INFLUÊNCIA DE MEU AVÔ MATERNO, MANOEL BARBOSA GESTA, ESPECIALISTA NO ASSUNTO. ELE INCUTIU-ME, DESSA MANEIRA, O GOSTO PELA LEITURA E PELO ESTUDO DA HISTORIA, DA GEOGRAFIA, DE IDIOMAS. DELE HERDEI NOTÁVEL PATRIMÔNIO EM SELOS, MOEDAS E LIVROS, NÚCLEO INICIAL DE MEU FUTURO ACERVO.
Paralelamente, tendo dirigido entidades esportivas ainda adolescente e me envolvido na investigação sociológica do fenômeno correlato, foi natural minha opção temática no vasto campo do colecionismo.
Para isso, contribuiu notadamente a aquisição, em 1980, no Rio de Janeiro, de um dos mais completos conjuntos de selos esportivos e história postal existentes à época, a nível mundial, que pertencera ao Dr. Plínio Ricciardi. Nele havia peças extremamente raras, além de vasto material em duplicata que me serviu para permutar por moedas, medalhas e tochas nos anos subsequentes. No mesmo ano, comprei grande parte dos itens filatélicos de Eugênio Rappaport, treinador de atletismo de origem húngara, premiado em exposições internacionais.
Com o passar dos anos, criei um espaço físico definitivo para guarda desses objetos, denominado "Galeria Olímpica", que compreende cerca de 70.000 peças relacionadas às atividades esportivas em diferentes períodos históricos.
A razão de ser primordial do acervo é propiciar aos interessados na pesquisa de fatos esportivos o acesso a documentgs, livros, periódicos e itens em geral. Dessa forma, para debates e troca de informações, tive o privilégio de receber, na "Galeria Olímpica", grande parte dos principais peritos internacionais. E pude contribuir algumas vezes para dirimir questões controversas.
Portanto, foi com grande entusiasmo que recebi o convite para ser o responsável pelas Exposições denominadas "Esporte Movimento", tendo por escopo apresentar um retrospecto do esporte, dos seus primórdios aos dias atuais. Ainda mais e principalmente por contar com o patrocínio da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, parceira em meus tempos de Presidente da CBAt, instituição sesquicentenária que propiciou a publicação de três livros sobre a história do esporte.
O desafio, entretanto, foi árduo, em virtude de dois condicionantes básicos: tempo e espaço. Exigiu dez meses de trabalho em período integral, com a contribuição de dezenas de experts em diversos campos de atividade. E, evidentemente, os espaços físicos que limitavam o número de peças a serem expostas tornou necessária a seleção rigorosa.
A escolha final dos cerca de 2.000 artefatos da mostra foi particularmente difícil. Por fim, optei por procurar apresentar uma linha do tempo, com referências à Antiguidade , desde as antigas civilizações etrusca, grega e romana, passando pela Idade Média e Renascimento até o início do esporte "moderno" na Grã-Bretanha, França, Alemanha, Suíça, Bélgica, Checoslováquia, Império Russo, Estadós Unidos e Oriente, da segunda metade do século XIX até o início do século XX.
Alguns destaques ainda foram dados a Esporte e Guerra, Esporte Feminino e Primórdios do Esporte no Brasil.
No futuro, espero que se possa organizar outras Exposições, que se reportem a períodos de tempo determinados e também a temáticas específicas separadamente, como a filatelia, a numismática e a memorabilia.
Faço votos para que os que visitem essa exposição reconheçam a importância dessa manifestação cultural que a tantos fascina: o esporte.
Roberto Gesta de Melo