Resumo

O Comitê Olímpico Internacional construiu, ao longo de sua história, um discurso de neutralidade, buscando separar o esporte da política, tendo estabelecido recomendações e regulamentações que visavam impedir a apropriação do esporte olímpico para finalidades do tipo. Mas, contraditoriamente, é possível identificar, em suas práticas internas, processos de disputa, dominação e uso do poder que caracterizam o Movimento Olímpico como tecnologia política a serviço de um sistema disciplinador, coercitivo e excludente. O objetivo deste artigo foi investigar como se configurou essa modalidade de poder a partir da análise de documentos oficiais e processos de tomada de decisão, no período que vai da criação do COI até meados da década de 1950.

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