Esporte a Vela: o Jogo em Risco na Busca do Prazer
Por Priscilla Pinto Costa da Silva (Autor), Emília Amélia Pinto Costa da Silva (Autor), Bruno Medeiros Roldão de Araújo (Autor), Clara Maria Silvestre M. de Freitas (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
Analisar as situações de riscos em busca do prazer enfrentados pelos velejadores.
Métodos e resultados:
A pesquisa de abordagem qualitativa descritiva de campo, foi formado por 19 velejadores da cidade de João Pessoa/Paraíba – Brasil, associados ao Iate Clube da Paraíba, com idades entre 19 e 64 anos, os quais responderam a um roteiro de entrevista semi-estruturada. As entrevistas foram gravadas, transcritas e, em seguida, submetidas ao Soft Analysis of Qualitative Data (AQUAD) 6, para auxiliar na formação das categorias analíticas, as quais foram exploradas a partir da Análise de Conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Pernambuco. Os resultados apontaram que o risco no esporte a vela é inerente a esta prática, sendo os principais fatores estão associados à negligência humana e as mudanças climáticas, o que provocou danos na embarcação e/ou na saúde de velejadores. Contudo, tal situação de risco, após a superação dos obstáculos, inicia-se uma transcendência, o que corresponde as sensações prazerosas, intensificando o gosto de viver.
Conclusão:
O risco no esporte a vela se faz presente, no entanto a segurança ontológica está implícita na consciência do velejador, que preza pela segurança ao buscar recursos tecnológicos. Além disso, vive-se em um risco ambíguo e ao mesmo tempo paradoxal, em que os mesmos atores que buscam cuidados em si, lançam-se as situações de risco pela busca do prazer, conduzindo a novos significados que despertam o interesse de intensificar as emoções.