Resumo

Os esportes de aventura são manifestações da cultura corporal que se destacam nos dias atuais, reunindo cada vez mais participantes e comportando constantemente o surgimento de novas práticas. Esse fenômeno social possui um vasto campo de atuação e atualmente pouco se desenvolveu em relação à sua inclusão no contexto escolar. A partir de uma abordagem qualitativa o presente estudo aborda a inserção dos esportes de aventura no cenário escolar e suas possíveis adaptações para as aulas de Educação Física, analisando como as características dessas manifestações esportivas podem integrar a proposta de democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica, incorporando as dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos. Verifica-se que os esportes de aventura podem proporcionar a discussão de aspectos como a influência dos meios de comunicação e da indústria do lazer, relacionando-os com a imposição de padrões de beleza e saúde e o apelo ao consumo, incentivando a análise crítica dos valores sociais. Dentro dos temas transversais propostos pelos PCN’s, a temática meio ambiente pode se fazer presente, tendo em vista que muitas práticas são realizadas em meio natural, trazendo a possibilidade de discussão das questões ambientais emergentes para as aulas. A pluralidade cultural também pode ser abordada ao se investigar a origem e a história das diversas manifestações de esportes de aventura. Discussões sobre saúde podem ser realizadas através da análise de questões como o sedentarismo e o estresse na vida moderna relacionando-se com a busca por lazer e emoções presentes nos esportes de aventura. Este estudo traz também algumas sugestões de adaptações de modalidades de aventura para aplicação, considerando o uso de materiais de fácil acesso e baixo custo e propondo métodos simples para a execução das atividades. Conclui-se que os esportes de aventura podem integrar as diretrizes propostas pelos PCN’s relativas à educação física escolar.

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