Resumo

Este artigo situa-se no campo do estudo dos esportes de aventura como opção de lazer. Pretende-se assim, pesquisar os diferentes pontos de vista sobre esporte de aventura, analisando a percepção dos praticantes e estudiosos desses esportes. Tendo como base uma abordagem fenomenológica husserliana, da expressão por meio das experiências, buscando uma resposta que configura e caracteriza os esportes de aventura, tentando identificar os marcos definidores de uma “linha de limite” que rodeia a definição do fenômeno estudado, dentro dos critérios subjetivos estabelecidos pelos praticantes e estudiosos do assunto, sem deixar de lado os critérios objetivos. Para isso, utilizamos o método fenomenológico, fazendo entrevistas com estudiosos e praticantes do fenômeno abordado, o esporte de aventura em Fortaleza-CE, bem como estudos bibliográficos pertinentes ao tema. Em contato com os primeiros resultados, percebemos uma diferença na maneira de encarar o fenômeno. Procurando o estudioso não delimitar a definição de esporte de aventura em questões objetivas como o espaço e as atividades, mais prevalecendo uma ênfase às questões subjetivas, como a busca por novas sensações e emoções, o encontro consigo, com o outro e com seus desafios, e o descobrimento de seus limites e suas superações. Voltando o olhar para o praticante, percebemos que este trata do fenômeno como algo mais objetivo, desenhando “linhas de limites” em torno do significado do esporte de aventura, como a natureza e algumas atividades como fatores delimitadores. O que se percebe de semelhante nas concepções dos entrevistados é que prevalece uma imprevisibilidade do que está por vir, mas tendo a segurança como fator incontestável em suas práticas.

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