Resumo

Busquei neste ensaio levantar problematizações preliminares acerca das categorias gênio e esporte no universo enxadrístico. O xadrez frequentemente é reconhecido com uma atividade para poucos, apenas para aqueles dotados de capacidade cognitiva elevada. Expressão de inteligência individual, ele suscita fascínio porque, de um lado, parece ser restrito a alguns que já tenham nascido com esse dom e, de outro, sobre ele recai uma visão instrumental de sua prática, na medida em que pode ser visto como meio para "manutenção cognitiva”. Paralelamente, embora frequentemente referido como jogo, é uma atividade com um grau de institucionalização equivalente à de outros esportes mais conhecidos e que passou por um processo de esportivização com especificidades que tensionam as noções teorizadas. A partir desses contornos, discuto brevemente como os nativos significam essa relação entre esporte e xadrez.

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