Resumo

A emergência da cultura do fitness na contemporaneidade mostra-se como um espaço discursivo que se espraia, produzindo certa memória social. A partir dessa percepção, questionamos: quais são as condições de emergência do espraiamento da cultura do fitness? Para pensar essas condições, utilizamos alguns dos rastros históricos de emergência de inspiração foucaultiana, o que nos conduziu na construção teórico-metodológica do artigo. Apontamos como resultados que: os discursos fitness se gestam na linguagem contemporânea por relações de saber-poder da positividade da vida e dos corpos; a biopolítica, por meio da operação dos argumentos da produção muscular (exercício corporal), cria-produz “efeitos de verdades” associados ao desenvolvimento do capitalismo e do consumo, o que tem gerado uma nova economia política do discurso do fitness, valendo-se de um lugar moral identitário – ser fitness, em um trabalho sobre si, testemunha de valores de vigor, saúde, força de vontade, controle.

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