Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a relação entre a prática de atividades esportivas na infância/ adolescência e densidade mineral óssea na idade adulta, bem como, identificar se este efeito é independente da atividade física atual. Para tanto, 69 homens e 53 mulheres (n=122) participa- ram do estudo. Os voluntários responderam questões sobre etilismo, tabagismo e atividade física na infância/adolescência; foram submetidos à avaliação de composição corporal e densidade mineral óssea utilizando a técnica da Absorptiometria de Raios-X de Dupla Energia. Durante o período de sete dias foi monitorada a prática da atividade física atual utilizando o pedômetro. A atividade esportiva na infância/adolescência foi positivamente relacionada à atividade física atual (rho= 0.59; p-valor= 0,001). O grupo ativo na infância/adolescência apresentou maiores valores de conteúdo mineral ósseo (+6,8%) e densidade óssea das pernas (+7,0%). A atividade física atual não se relacionou com nenhum dos indicadores da densitometria óssea, porém, a atividade esportiva na infância/adolescência foi positivamente relacionada com o conteúdo mi- neral ósseo (β= 0.27 [βIC95%= 0.06; 0.48]), densidade mineral óssea de pernas (β= 0.10 [βIC95%= 0.05; 0.16]) e estatura (β= 4.50 [βIC95%= 0.54; 8.46]), independente do ajuste de outras variáveis, inclusive a atividade física atual. Conclui-se que, na amostra investigada, a atividade esportiva realizada durante a infância/adolescência foi significativamente relacionada aos valores de massa óssea na idade adulta, independentemente da prática de atividade física atual.
 

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