Estabilidade da Prática Esportiva Durante a Infância/Adolescência e Densidade Mineral óssea na Idade Adulta
Por Manoel Carlos Spiguel Lima (Autor), Suziane Ungari Cayres (Autor), Ricardo Ribeiro Agostinete (Autor), Igor Hideki Ito (Autor), Rômulo Araújo Fernandes (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 18, n 4, 2013. Da página 445 a 452
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar a relação entre a prática de atividades esportivas na infância/ adolescência e densidade mineral óssea na idade adulta, bem como, identificar se este efeito é independente da atividade física atual. Para tanto, 69 homens e 53 mulheres (n=122) participa- ram do estudo. Os voluntários responderam questões sobre etilismo, tabagismo e atividade física na infância/adolescência; foram submetidos à avaliação de composição corporal e densidade mineral óssea utilizando a técnica da Absorptiometria de Raios-X de Dupla Energia. Durante o período de sete dias foi monitorada a prática da atividade física atual utilizando o pedômetro. A atividade esportiva na infância/adolescência foi positivamente relacionada à atividade física atual (rho= 0.59; p-valor= 0,001). O grupo ativo na infância/adolescência apresentou maiores valores de conteúdo mineral ósseo (+6,8%) e densidade óssea das pernas (+7,0%). A atividade física atual não se relacionou com nenhum dos indicadores da densitometria óssea, porém, a atividade esportiva na infância/adolescência foi positivamente relacionada com o conteúdo mi- neral ósseo (β= 0.27 [βIC95%= 0.06; 0.48]), densidade mineral óssea de pernas (β= 0.10 [βIC95%= 0.05; 0.16]) e estatura (β= 4.50 [βIC95%= 0.54; 8.46]), independente do ajuste de outras variáveis, inclusive a atividade física atual. Conclui-se que, na amostra investigada, a atividade esportiva realizada durante a infância/adolescência foi significativamente relacionada aos valores de massa óssea na idade adulta, independentemente da prática de atividade física atual.