Estabilidade no Prognóstico do Perfil de Aptidão Física de Jovens Atletas de Handebol
Por Vagner Raso (Autor), Carlos Frederico D’avila Brito (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 6, n 3, 2000.
Resumo
Este estudo teve como objetivo: 1) verificar a estabilidade do perfil de aptidão física de jovens atletas de handebol durante a adolescência; e 2) comparar os resultados com a seleção paulista adulta feminina. Para tanto, a amostra foi constituída por cinco jovens atletas de handebol feminino que foram seguidas semilongitudinalmente por dois anos, com média de idade e tempo de prática inicial e final de 14,2 ± 1,3 anos, 18,4 ± 10,7 meses e 16,2 ± 1,3 anos, 42,8 ± 10,7 meses, respectivamente (12h/semana de treinamento). Na temporada de 1997 quatro atletas foram pré-selecionadas para a seleção brasileira de cadetes. As variáveis mensuradas foram: peso corporal (P); altura total (A); impulsão vertical sem (IVS) e com auxílio dos membros superiores (IVC); impulsão horizontal (IH); agilidade (SR); velocidade (50m) e potência anaeróbica (40seg.), seguindo padronização CELAFISCS. Os coeficientes de Pearson e Spearman foram significativamente altos e muitos altos (p < 0,05) para P (0,88), A (0,98 e 0,99), 50m (0,95 e 0,90) e 40seg. (0,87 e 0,90). Estes dados permitem concluir que as jovens atletas apresentaram alta estabilidade nas variáveis antropométricas, velocidade e potência anaeróbica durante um período de dois anos da adolescência, favorecendo a hipótese de que a expectativa de sucesso esportivo pode ser predita em idades precoces.