Resumo

Este ensaio aborda a notória baixa repercussão midiática de um fato histórico de grande relevância no debate público para os três países diretamente envolvidos: Moçambique, Portugal e Brasil. Trata-se da partida de futebol entre as seleções nacionais de Portugal e Brasil, disputada a 30 de junho de 1968 e que completou 50 anos em 2018, durante a Copa do Mundo da Rússia. Na tentativa de compreender as razões do desconhecimento generalizado em relação ao fato nos diferentes países, a reflexão aqui apresentada aborda os condicionalismos políticos e ideológicos da produção da memória nos diferentes contextos em questão. Para além das particularidades observáveis sobre o tema em cada um dos países, este ensaio procura entrever os pontos comuns de diálogo existentes nas diferentes construções discursivas das identidades nacionais, suas rupturas, continuidades, convergências e contradições.

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