Resumo

No contexto da cultura esportiva que domina o planeta, se faz necessária uma nova postura ecológica em que diferentes práticas devem ser implantadas em prol da preservação e do equilíbrio da mãe terra. Seguindo o referencial da ecologia social de Leonardo Boff, a tecnologia e a ciência do esporte devem estar ao lado da justiça social na busca pela melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. O presente trabalho tem como objetivo analisar a reforma do Estádio do Maracanã e verificar em que aspectos a mesma se coaduna com os princípios da ecologia social. Utilizamos a abordagem do discurso do sujeito coletivo como metodologia de análise. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas com 10 funcionários (engenheiros e técnicos) responsáveis pela obra. O suporte técnico para a análise provém do Caderno de Encargos da FIFA, onde constam as diretrizes a serem seguidas nos novos estádios de futebol. Constatamos que os responsáveis pela reforma do estádio atenderam ao princípio da sustentabilidade estipulado nas determinações da FIFA, relativas ao Gol Verde ao Certificado Leed, mas não deram cumprimento satisfatório aos quesitos sobre ecologia humana e social, que era referencial ético dominante no momento da reforma. Dessa maneira, o novo estádio do Maracanã, embora tenha dado um passo significativo em prol de uma sociedade esportiva sustentável, atende apenas em parte aos princípios norteadores da ecologia social.

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