Estádios Sem Mito: Cadeiras e Esquizofrenia
Por Gustavo Coelho (Autor).
Resumo
Partindo de alguns relatos etnográficosao longo de uma pesquisa realizada no cotidiano de torcidas organizadas de futebol, em especial da Torcida Young Flu do Rio de Janeiro e de um grupo de torcedores do Paris Saint-German em Paris, este artigo, baseando-se teoricamente em autores que fazem dialogar os campos da antropologia e da psicologia como Durand, Clastres e mesmo Freud e Jung, trata do embate fundamental entrea coletividade da torcida,com todos os sintomas ao mesmo tempo prazerosos e perigosos e suaaparenteincompatibilidade aos projetos de Estádios destinados à Copa do Mundo de 2014 no Brasile à EuroCopa 2016, cujas arquiteturas trazem, camuflada sob um “conforto do torcedor”, sob uma “visão completa de campo”,sob a “cadeira”,uma preferência pela cisão dessas subjetividades táteisem favor de uma objetividade da visão, ou seja, privilegiamum torcedor mais do tipo individual, um torcedor sem mito