Estado de Hidratação em Ciclistas Após Três Formas Distintas de Reposição Hídrica
Por Luís Souza Gomes (Autor), Sheilla da Silva Barroso (Autor), Wendell da Silva Gonzaga (Autor), Eduardo Seixas Prado (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 22, n 3, 2014. Da página 89 a 97
Resumo
Atletas cuja perda de suor excede a ingestão de líquidos tornam-se desidratados, especialmente, durante o treino ou competição em um ambiente quente e úmido. A desidratação pode comprometer o desempenho atlético e aumentar o risco de lesões por esforço no calor. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar o estado de hidratação de ciclistas após sessões de treinamento com diferentes formas de reposição hídrica na cidade de Aracaju. Oito ciclistas do sexo masculino (33,1 ± 3,3 anos) realizaram, durante um período de 12 dias, três sessões de treinamento controlado (TC). Antes de cada dia de TC, os atletas foram submetidos a uma dieta líquida e mantiveram sua dieta e treinamento habitual. Além disso, em cada TC, o grupo de atletas foi submetido a diferentes formas de reposição de líquidos, baseada pela maneira de consumo, tal como: sem ingestão de líquidos (GC), com ingestão de água (GA) e com consumo de bebida esportiva (GS). O estado de hidratação foi verificado pela cor da urina e porcentual da perda de massa corporal. Com base na cor da urina, GC, GA e GS não mostraram diferença significativa na taxa do estado de hidratação, nem pela manhã (4,71 ± 0,47; 5,75 ± 0,47; 5,0 ± 0,0; P = 0,143; respectivamente) nem nos momentos pré e pós em cada TC (P = 0,786). No entanto, em relação à porcentagem de perda de massa corporal entre os grupos, o grupo GS teve uma perda menor (- 1,20 ± 0,18 %) com diferença significativa de GC (- 2,22 ± 0,13 %; P = 0,001) e GA (- 1,81 ± 0,13 %; P = 0,047). Desta forma, conclui-se que a água não foi capaz de promover uma adequada hidratação, mas a bebida esportiva parece oferecer uma melhor reposição hídrica.