Resumo

Esta tese busca compreender as estratégias utilizadas pelos governos de Oliveira Salazar, em Portugal, e Getúlio Vargas, no Brasil, na busca pelo controle e utilização do campo esportivo em seus governos, ambos denominados “Estado Novo”. A utilização do esporte como ferramenta de propaganda política foi uma prática compartilhada por diversos regimes autoritários. Mantendo suas particularidades decorrentes de sua realidade local, procurava-se associar o fenômeno esportivo com um novo modelo de nação que se buscava engendrar em diversos países, em especial no período entre guerras. O esporte aparecia como um importante elemento de coesão social, sendo visto como um relevante vetor de produção de consenso. Assim, são observadas as estratégias apresentadas por esses dois governos para a utilização política da prática e do espetáculo esportivo. Para tanto, é proposta uma comparação entre os modelos utilizados por Salazar e Vargas, à luz das realizações dos regimes fascistas de Mussolini e Hitler junto ao esporte. A presente tese objetiva demonstrar que o esporte foi instrumentalizado nos referidos regimes estadonovistas como meio de mobilização social, como parte da cultura de consentimento forjada junto a uma nova cultura política. 

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