Estados de Humor, Percepção Subjetiva do Estresse e Recuperação e Condicionamento Físico da Seleção Brasileira Militar de Futebol no Início da Temporada de 2015
Por Ivo Soares Xavier (Autor), Mario Yoshiro Kasai (Autor), José Mauro Malheiro Maia Junior (Autor), Miriam Raquel Meira Mainenti (Autor), Angela Nogueira Neves (Autor).
Em Revista Brasileira de Psicologia do Esporte v. 8, n 1, 2018.
Resumo
O constante desempenho esportivo de excelência é a realidade dos atletas, sendo importante o acompanhamento dos estados de humor e percepção de estresse e recuperação. O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil dos estados de humor, da percepção subjetiva do estresse e recuperação da fadiga, correlacionando-os também com uma medida de condicionamento físico, o volume máximo de oxigênio (VO2max), em atletas da Seleção Brasileira Militar de Futebol. Fizeram parte do estudo 21 jogadores, entre 19 e 40 anos. Foram usadas na avaliação as versões Brasileiras do Recovery Stress Questionnaire for Athletes e da Brunel Mood Scale, além do teste de esforço cardiopulmonar em cicloergômetro com protocolo de rampa adaptado (modulando apenas a velocidade). Todos os testes foram realizados no software SPSS15. Descritivamente, podemos verificar que os fatores de recuperação tem uma tendência a maior escore que os fatores de estresse, tanto aqueles específicos do esporte quanto os gerais. Os escores de humor negativos apresentaram média e dispersão menor que o escore de vigor. Houve associação negativa entre o VO2max e o fator de Estresse Social e o fator fadiga. Os fatores Conflito, Bem Estar Geral e Descanso Atrapalhado variaram em função da posição de campo. A comissão técnica pode monitorar e orientar seus atletas a manejar o cansaço e desgaste de uma forma geral, não apenas no contexto esportivo, uma vez que se mostram importantes na associação com condicionamento físico e no posicionamento em campo.