Estados emocionais e atividades de aventura: aspectos motivacionais envolvidos
Por Amanda Mayara do Nascimento-Cardoso (Autor), Nara Heloisa Rodrigues (Autor), Raiana Lídice Mór Fukushima (Autor).
Resumo
As atividades de aventura vêm se difundindo cada vez mais, sendo, hoje, praticadas por uma parcela significativa da população, a qual é constantemente atraída pela vivência de emoções propiciadas por essas práticas (PEREIRA; ARMBRUST; RICARDO, 2008). Segundo Marinho (2008, p.189), essas atividades são dotadas de “[...] um forte sentido de risco [...]” e “[...] incerteza [...]”, diferenciando-se dos demais esportes tradicionais, devido à constante busca e valorização pelo imprevisível. Estas atividades podem ser atraentes para públicos de diferentes idades, embora acabe sendo preferida e direcionada, muitas vezes, principalmente ao público jovem (DIAS; SCHWARTZ, 2018). Os praticantes dessas atividades, geralmente, procuram novas emoções, que sejam diferentes das vivenciadas em seu cotidiano, instigando o enfrentamento de desafios e a transposição de limites pessoais. Estas emoções podem ser denominadas de estados emocionais, as quais podem influenciar a prática de atividades físicas e esportivas. Sendo assim, pode-se pressupor que, nas atividades de aventura, essas mesmas emoções podem ser vivenciadas em uma escala ainda maior, devido ao fato de essas atividades apresentarem características específicas, tais como, o risco controlado e a vertigem. Além disso, nas modalidades praticadas no meio natural, diferentes emoções são propiciadas pelas situações e experimentações que ocorrem da interação entre o ser humano e a natureza (LAVOURA; MACHADO, 2006).