Resumo

Uma das funções mais importantes na manutenção do equilíbrio e da dinâmica de um grupo esportivo está no papel de técnico. Assim, o estudo das características e estados emocionais dos técnicos é crítico para o entendimento da performance esportiva. Com este propósito, o presente estudo teve por objetivo avaliar o Perfil dos Estados de Humor de técnicos que já dirigiram ou ainda dirigem seleções brasileiras adultas masculinas e femininas de diferentes modalidades esportivas. Para tanto foram avaliados 14 técnicos das modalidades atletismo, basquete, handebol, natação, tênis de campo e voleibol, através do teste POMS (Profile of Mood States) que mede seis estados transitórios de humor: tensão (T), depressão (D), raiva (R), vigor (V), fadiga (F) e confusão mental (C). Os resultados dos técnicos em termos de média e desvio padrão para os seis estados podem ser observados: T:13,71*, D: 3,50; R: 9,86*; V:25,71*; F: 7,79* C: 4,00 (* p< 0,01). O teste “t” de Student indica diferenças significativas (p<0,01) nas variáveis tensão, raiva, vigor e fadiga, demonstrando que os técnicos são mais tensos, mais raivosos e mais fadigados e têm mais disposição e energia quando comparados com a média da população de atletas de alto rendimento. Estes resultados são compatíveis com os encontrados na literatura que afirmam que, como um técnico desportivo deve cumprir muitos papéis dentro de uma gama de atividades, a profissão de treinador é altamente estressante o que implica ter, dentre outras coisas, uma força de vontade elevada e habilidade para exercer influência sobre os demais. PALAVRAS-CHAVE: estresse, estados emocionais, técnico.