Estágios de Mudança de Comportamento Para a Atividade Física em Adolescentes da Região Amazônica
Por André de Araújo Pinto (Autor), Gaia Salvador Claumann (Autor), Rita Maria dos Santos Puga Barbosa (Autor), Markus Vinícius Nahas (Autor), Andreia Pelegrini (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 4, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
Esse estudo objetivou estimar as prevalências e verificar os fatores demográficos e econômicos associados aos estágios de mudança de comportamento (EMC) para a prática de atividade física (AF) em adolescentes amazonenses. Participaram desse estudo transversal 2.517 adolescentes (16,6±1,2 anos) de escolas públicas do Amazonas. Foram investigados os EMC relacionados à AF e fatores demográficos (sexo, idade, ano e turno escolar e área de residência) e econômicos (situação ocupacional, renda familiar e escolaridade da mãe). A maioria dos adolescentes estava no estágio manutenção (40,8%) e a minoria deles no estágio pré-contemplação (9,0%). As moças apresentaram maior chance de estarem nos estágios ação (RO=1,44;IC95%=1,14-1,81), preparação (RO=2,71;IC95%=2,14-3,44), contemplação (RO=2,89;IC95%=2,25-3,69) e pré-contemplação (RO=2,91;IC95%=2,16-4,00) comparadas aos rapazes. Adolescentes com idades de 16-17 anos tiveram menor chance de estarem no estágio ação (RO=0,71;IC95%=0,53-0,94) comparados aos de 14-15 anos. Aqueles de 18-19 anos apresentaram maior chance de estarem no estágio preparação (RO=1,50;IC95%=1,04 2,16) em relação aos adolescentes de 14-15 anos. A renda familiar de seis salários mínimos ou mais esteve associada a uma maior chance de estar nos estágios ação (RO=2,09;IC95%=1,38-3,17), preparação (RO=2,02;IC95%=1,31-3,12) e contemplação (RO=1,87;IC95%=1,18-2,95) em relação à renda de até dois salários mínimos. Adolescentes que trabalhavam tiveram menor chance de estarem no estágio pré-contemplação (RO=0,45;IC95%=0,24-0,74) comparados aos que não trabalhavam. A maioria dos adolescentes amazonenses estava no estágio manutenção em relação à AF. Os fatores associados aos EMC foram sexo feminino, faixas etárias de 16-17 e 18-19 anos, renda de seis salários ou mais e trabalhar.