Resumo

Esse estudo objetivou estimar as prevalências e verificar os fatores demográficos e econômicos associados aos estágios de mudança de comportamento (EMC) para a prática de atividade física (AF) em adolescentes amazonenses. Participaram desse estudo transversal 2.517 adolescentes (16,6±1,2 anos) de escolas públicas do Amazonas. Foram investigados os EMC relacionados à AF e fatores demográficos (sexo, idade, ano e turno escolar e área de residência) e econômicos (situação ocupacional, renda familiar e escolaridade da mãe). A maioria dos adolescentes estava no estágio manutenção (40,8%) e a minoria deles no estágio pré-contemplação (9,0%). As moças apresentaram maior chance de estarem nos estágios ação (RO=1,44;IC95%=1,14-1,81), preparação (RO=2,71;IC95%=2,14-3,44), contemplação (RO=2,89;IC95%=2,25-3,69) e pré-contemplação (RO=2,91;IC95%=2,16-4,00) comparadas aos rapazes. Adolescentes com idades de 16-17 anos tiveram menor chance de estarem no estágio ação (RO=0,71;IC95%=0,53-0,94) comparados aos de 14-15 anos. Aqueles de 18-19 anos apresentaram maior chance de estarem no estágio preparação (RO=1,50;IC95%=1,04 2,16) em relação aos adolescentes de 14-15 anos. A renda familiar de seis salários mínimos ou mais esteve associada a uma maior chance de estar nos estágios ação (RO=2,09;IC95%=1,38-3,17), preparação (RO=2,02;IC95%=1,31-3,12) e contemplação (RO=1,87;IC95%=1,18-2,95) em relação à renda de até dois salários mínimos. Adolescentes que trabalhavam tiveram menor chance de estarem no estágio pré-contemplação (RO=0,45;IC95%=0,24-0,74) comparados aos que não trabalhavam. A maioria dos adolescentes amazonenses estava no estágio manutenção em relação à AF. Os fatores associados aos EMC foram sexo feminino, faixas etárias de 16-17 e 18-19 anos, renda de seis salários ou mais e trabalhar. 

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