Resumo
Neste ensaio abordamos as questões do envelhecimento, dos preconceitos, da atividade física e as imposições sociais através da mídia. Nossa sociedade convenciona atos a idades, massifica atitudes e cria estereótipos que acabam por levar a pessoa em envelhecimento ao sedentarismo. Preocupamo-nos com a questão dos estereótipos de beleza lançados pela mídia e supervalorizados nas academias porque sabemos que a atividade física não pode impedir o processo de envelhecimento. A maneira pela qual a atividade física é praticada dentro das academias de ginástica pouco tem contribuído para mudar este quadro, porém acreditamos que este espaço possa vir a se tomar um meio eficiente que colabore na qualidade de vida das pessoas, que se traduz em viver bem todas as idades. Quando as pessoas estão muito apegadas ao corpo e à estética, fica mais difícil aceitar as mudanças e as perdas orgânicas que a idade acarreta. A atividade física, na sua essência, deveria ser um meio facilitador da etapa do envelhecimento e não um instrumento de "fuga" do ciclo natural da vida, tomando o exercício uma "tortura" em busca do corpo perfeito. As pessoas precisam estar preparadas para as mudanças orgânicas e psicológicas que ocorrem durante o envelhecimento, e também saber a importância da atividade física para uma melhor qualidade de vida, relegando, para segundo plano, os valores estéticos que o exercício, por conseqüência, proporciona.