Esteatose Hepática Pode Comprometer o Efeito do Exercício Físico Sobre a Composição Corporal em Crianças e Adolescentes Obesos?
Por Bruna Thamyres Ciccotti Saraiva (Autor), Paula Alves Monteiro (Autor), Claudia de Carvalho Brunholi (Autor), Marcelo Rodrigues Ribeiro dos Santos (Autor), Diego Giulliano Destro Christofaro (Autor), Ismael Forte Freitas Júnior (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 4, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
O exercício físico é uma das formas de prevenção e tratamento da obesidade e doenças associadas como a esteatose hepática. Objetivou-se analisar se a esteatose hepática interfere no efeito do exercício físico sobre a composição corporal de crianças e adolescentes obesos. A amostra consiste em 40 indivíduos obesos, sendo 13 crianças (8,17±1,33 anos) e 27 adolescentes (12,28±1,36 anos). A composição corporal total e por segmento foi estimada pelo DEXA. Realizaram-se medidas antropométricas, bem como, o exame de ultrassom do fígado para mensurar a gordura intra-abdominal e subcutânea, assim, diagnosticar a esteatose hepática (EH). A intervenção foi composta por 20 semanas, sendo aplicadas nas crianças, atividades lúdico-recreativas/competitivas e para os adolescentes, treinamento concorrente (aeróbio e resistido). Foram realizados os testes de Levene, ANOVA de medidas repetidas e o tamanho do efeito (TE) pelo Eta-Squared. Observou-se que, apesar de não obter significância estatística, analisando o tamanho do efeito, o exercício físico tanto nas crianças (gordura corporal TE efeito tempo= 0,210e TE efeito grupo= 0,208; massa gorda TE efeito grupo= 0,338; gordura androide TE efeito interação= 0,267) quanto nos adolescentes (gordura intra-abdominal TE efeito grupo=0,230), independentemente se tinham ou não a EH, foi eficaz para reduzir a gordura corporal. Observa-se que o exercício físico foi eficaz na melhora da composição corporal de crianças e adolescentes obesos independentemente da EH.