Resumo

INTRODUÇÂO: A estética e a aparência física influenciam o comportamento individual e coletivo e cada vez mais tem sido tema de estudo. O tamanho físico é um atributo comum de beleza, saúde, sinais sexuais e reprodutivos em mulheres. A estética e imagem corporal são importante componente de saúde física e mental e um dos objetos de trabalho das áreas que envolvem o exercício físico e a nutrição. OBJETIVO: propor uma fórmula para estimar a nota estética corporal de mulheres jovens e verificar se existe diferença no julgamento estético entre homens e, mulheres, e a associação da imagem corporal com variáveis antropométricas em mulheres jovens praticantes e não praticantes de exercício físico. MÉTODOS: A amostra foi composta por 65 mulheres 25,2 ± 4,3 anos. No artigo 1, a amostra foi dividida em dois grupos, grupo praticante de exercício físico e grupo não praticante de exercício físico. Para a avaliação da imagem corporal utilizamos o Body Shape Questionnaire (BSQ) e a escala de silhuetas de Stunkard. Para avaliar a pratica de atividades e exercícios físico utilizamos o questionário internacional de atividade física (IPAQ). No artigo 2, foram feitas medidas antropométricas e fotografias de vista anterior, perfil e posterior vestindo um biquíni padronizado. A nota estética foi dada por um júri de 32 profissionais de educação física, sendo 19 homens e 13 mulheres, com as respectivas idades médias (27,79±5,78; e 29,85±2,97). Para associação foi utilizada a correlação linear de Pearson. A comparação entre as variáveis foi pelo teste t pareado. A estimativa da equação da nota estética foi realizada pela regressão linear múltipla com significância de p 0,05. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram semelhanças quanto ao IMC e todas as circunferências estudadas. Quanto ao BSQ, observamos que no grupo praticante de exercício 59% tinham distúrbio de imagem através do BSQ, e 75% no grupo não praticante de exercício físico. Na avaliação da autoimagem pela escala de silhueta, ambos os grupos demonstraram o desejo de diminuir compleição física. Verificamos que ambos os instrumentos apresentaram correlações importantes com as variáveis antropométricas nos dois grupos estudados. Os valores médios da nota votada pelos julgadores do sexo feminino e masculino não se diferenciaram quando comparados entre si e com a média geral, apenas as variáveis: peso de Gordura (kg), IAQ e CMC influenciaram a avaliação estética. Os valores da correlação destas variáveis com a nota estética votada foram significativas (Peso G kg r= -0,651 e p=<0,001; IAQ= -0,505 e p= <0,001; CMC= 0,336 e p= 0,006). As comparações das médias das notas estéticas votadas e das notas estéticas estimadas pela equação e que não foram diferentes entre si (p= 0,50). E foram significativamente correlacionadas (r= 0,81; p <0,0001). CONCLUSÃO: Mulheres jovens independente do IMC e compleição física manifestam a preocupação e insatisfação com a imagem corporal. A prática de exercício físico favorece a uma melhor autoavaliação da imagem corporal. A associação negativa entre gordura corporal e IAQ e estética sugere que o principal componente a ser modificado para a melhora da estética é a gordura corporal, e o IAQ quando em excesso. O desenvolvimento muscular da coxa demonstrou importância na avaliação estética. Finalmente é possível estimar a avaliação estética em mulheres jovens com medidas antropométricas.

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