Resumo
Resumo: Eles são encarregados de garantir a implementação das regras da modalidade. Alvos constantes de questionamentos por parte de torcedores, treinadores, atletas e dirigentes. Os constantes desafios, pressões, estresses e condições negativas de seu ofício e a vivência de diferentes emoções antes e durante as competições podem influenciar também no desempenho deste personagem fundamental do esporte: o árbitro. Por isso, é importante o conhecimento sobre questões relacionadas ao seu estado de saúde e a atenção nos fatores psicológicos que podem afetar a performance do árbitro. Logo, o objetivo geral desse estudo foi o de caracterizar o estilo de vida e o estado de humor em Árbitros de Futsal pertencentes ao quadro da Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS) durante competições. O presente estudo foi dividido em dois artigos, na qual inicialmente os árbitros de futsal foram caracterizados quanto à parâmetros socioeconômicos, estilo de vida e estado de humor pré e pós-competição. Em seguida, fez-se uma análise exploratória do Estado de Humor durante cada dia de competições. A amostra foi composta por 25 árbitros (média de 39,2 ± 8,4 anos), e que foram convocados para atuar nas Fases Finais de competições estaduais. A coleta de dados foi feita por meio da aplicação de um questionário de caracterização dos participantes, “Critério Brasil 2018”, Perfil do Estilo de Vida e a Escala de Humor de Brunel. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva (frequência, percentual, média, desvio padrão, amplitude e erro padrão), além de testes de comparações de Wilcoxon para dados pareados, o Teste “t” de Student e Correlações de Pearson e Spearman, e a Prova U de Mann Whitney (p≤0,05 em todos os testes). Os resultados apontam para uma maior necessidade de atenção dos árbitros com alguns fatores que podem trazer risco à saúde e comprometer a qualidade de vida futura, como IMC médio da amostra estar em sobrepeso (29,6±4 kg/m²), baixos índices de Estilo de Vida nos componentes Alimentação e Atividade física, principalmente nos árbitros de nível estadual e com maior experiência. Além disso, observou-se que apenas 24% da amostra conseguiram se manter dentro do intervalo desejado para os indivíduos em busca de melhor performance na dimensão Vigor. As dimensões Fadiga e Raiva aparecem entre as que tiveram maiores variações durante a semana e apresentam pico em fases importantes das competições. Especificamente, árbitros com maiores idades e experiências na atuação são os que também apresentam maiores estabilidades na dimensão Raiva. Da mesma forma, árbitros com mais idade permaneciam mais tempo na zona alvo na dimensão Raiva e os árbitros com mais tempo de experiência de atuação, na dimensão Vigor. Com isso, reitera-se a importância de se ter uma preocupação constante com os árbitros considerando não somente variáveis físicas e técnica, mas também psicológica como o Estado de Humor e de fatores relacionados à saúde e qualidade de vida.