Resumo

A Política Nacional do Idoso garante ao idoso o direito da promoção de sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. A perda da autonomia geralmente se associa à redução ou perda da eficiência de alguns órgãos e sistemas afetando a capacidade funcional (CF). O objetivo deste estudo foi estabelecer relações entre o estilo de vida ativo ou sedentário com a CF. A amostra foi composta por 87 mulheres, divididas em grupo sedentário (GS) e grupo ativo (GA). O GS foi composto por 37 mulheres com idades entre 55 e 92 anos (X = 68,6 ± 7,6) e o GA por 50 mulheres com idades entre 58 e 74 anos (X = 64,8 ± 4,7). O estilo de vida foi determinado com aplicação do questionário de Baecke
adaptado (Voorrips et al., 1991), que permite realizar uma estimativa do dispêndio energético nas atividades domésticas, físicas e de lazer; a CF foi mensurada por testes que verificaram força, flexibilidade e tempo de reação. Utilizou-se o teste “t” de Student para amostras
independentes. A análise dos resultados permitiu verificar que os resultados do GA foram significativamente superiores aos do GS (p<0,05) em todos os testes, com exceção do
tempo de reação. Tal fato possivelmente ocorreu pela ausência de trabalho específico nesta variável. Podemos concluir que: a) os sujeitos do GA encontram-se num melhor estado de CF que os do GS; b) quando consideradas as atividades cotidianas, o GA apresenta um estilo de vida mais ativo que o GS; c) não há transferência dos estímulos provocados ao sistema neuromuscular, através dos exercícios de força e flexibilidade, sobre a velocidade de
reação; e d) a adesão a um programa de atividades físicas sistematizadas provavelmente promove ou estimula a adoção de um estilo de vida também mais ativo.

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