Resumo

Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar os primeiros modelos matemáticos, baseados em propriedades antropométricas, para estimar a massa gorda (MG) em uma amostra heterogênea de adolescentes do sexo feminino. Estudo transversal e quantitativo conduzido com 196 indivíduos de 12 a 17 anos da região metropolitana de Curitiba, Paraná, Brasil. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: amostra de regressão (n = 169) e amostra de validação (n = 27). A absorciometria de raios X de dupla energia (DXA) foi usada como método de referência para determinar a gordura corporal em valores relativos e absolutos. A estatura, a massa corporal, o perímetro da cintura e a espessura das dobras cutâneas do tríceps, subescapular, bíceps, crista ilíaca, abdominal, coxa anterior e panturrilha medial foram definidas como variáveis independentes e mensuradas de acordo com um protocolo técnico internacional. As análises estatísticas utilizaram modelo de regressão Ordinary Least Square (OLS), teste t pareado e correlação de Pearson. Foram desenvolvidos quatro modelos matemáticos multivariados com altos coeficientes de determinação (R2 ≥90%) e baixos erros padrão estimados (SEE = ≤2,02 kg). O modelo 4 destaca-se pelo baixo número de variáveis independentes e desempenho estatístico significativo (R2 = 90%; SEE = 1,92 kg). Conclui-se que os quatro modelos matemáticos desenvolvidos são válidos para estimar a MG em adolescentes do sexo feminino do sul do Brasil

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