Estimativa de Erro Seguida Por Conhecimento dos Resultados em Frequência Moderada ou Alta Melhora a Aprendizagem Motora e Pode Evitar a Dependência de Feedback Extrínseco
Por João Vitor Alves Pereira Fialho (Autor), Drumond Gilo da Silva (Autor), Jaime da Silva Maciel (Autor), Marílya Andrade da Silva Lima (Autor), Lucas Savassi Figueiredo (Autor), Fabiano de Souza Fonseca (Autor).
Resumo
O presente estudo teve como objetivo analisar como diferentes esquemas combinando estimativa de erro e frequência relativa de feedback extrínseco afetam a aprendizagem motora. Cinquenta e dois estudantes de graduação (30 homens, 22 mulheres) com idades entre 18 e 35 anos (M = 21,15, DP = 2,97), todos novatos na tarefa, praticaram uma habilidade de produção de força com diferentes combinações entre estimativa de erro e frequência relativa de conhecimento dos resultados. Quatro condições experimentais foram comparadas: 1) nenhuma estimativa de erro com feedback após cada tentativa; 2) nenhuma estimativa de erro com feedback a cada duas tentativas; 3) estimativa de erro seguida de feedback após cada tentativa e 4) estimativa de tentativa após feedback a cada duas tentativas. A análise do erro absoluto da força revelou efeito significante para a frequência de feedback [F(1, 76) = 4.209, p = 0.044, ηp2 = 0.52] e estimativa de erro [F(1, 76) = 7.483, p = 0.008, ηp2 = 0.77]. A análise do erro constante da força não revelou diferenças significantes para estimativa de erro [F(1, 76) = 2.323, p = 0.132, ηp2 = 0.37], mas para a frequência de feedback [F(1, 76) = 8.481, p = 0.005, ηp2 = 0.83]. Os resultados mostraram aprendizagem superior dos grupos que combinaram estimativa de erro após receber feedback, independentemente da frequência relativa apresentada. A associação entre estimativa de erro e frequência relativa de feedback extrínseco (alto ou moderado) parece favorecer o desenvolvimento de mecanismos de detecção de erros, evitando os efeitos da dependência de feedback extrínseco e, consequentemente, potencializando o aprendizado.