Estimativa de Gasto Calórico Durante 2 Horas de Ciclismo Indoor

Segundo MCARDL E (2003), a fisiologia do exercício busca avaliar o
metabolismo energético. O tipo de atividade física exerce enorme influência
sobre o dispêndio da energia humana, onde cada indivíduo mantém
diferentes taxas metabólicas durante exercícios contínuos que envolvem
grandes grupos musculares. As variações no dispêndio energético dependem
não só da habilidade e da aptidão física, mas também da massa corporal do
indivíduo, da duração e, principalmente, da intensidade do exercício. Como
o Ciclismo Indoor (CI) caracteriza-se por ser uma modalidade cíclica e
permite a transição entre diferentes níveis de intensidade durante uma sessão
de treinamento, o objetivo do estudo foi estimar o gasto calórico (GC) do
CI durante o período de 2 horas. A amostra foi composta por 12 indivíduos,
sendo 7 mulheres, com média de idade de 29,5 (9,8) anos e peso de 61,1
(6,16) kg e 5 homens com médias de 29 (18,1) anos e 79 (16,9) kg
respectivamente, todos com experiência em CI, em particular com o
programa New Cycling. A atividade foi realizada em uma sala climatizada a
22º C, e a hidratação foi livre. Para estimar o GC foi utilizado o cálculo
sugerido por AINSWORTH et al. (1993), baseado no número de equivalentes
metabólicos (METS) específicos para o CI, a massa corporal, a duração da
atividade e a intensidade do exercício foi classificada pelos participantes a
cada 20 minutos de atividade. Os resultados encontrados apresentaram
um GC médio para as mulheres de 1012,8 kcal (43,21) e para os homens
foi de 1355 kcal (47,8), representando um GC médio de 1122,2 kcal (57,3)
para o grupo total. Essa diferença entre os gêneros pode ser explicada pelo
fato dos homens apresentarem uma maior massa corporal e geneticamente
uma maior massa muscular em média, quando comparada a das mulheres,
influenciando diretamente no dispêndio energético. O CI proporcionou
um GC elevado pelos participantes do experimento. Entretanto, o CI possui
limitações quanto à quantificação das cargas (AHLIN, 2005), porém neste
trabalho o grupo respondeu de forma coerente, isto é, nos momentos de
maiores intensidades foram obtidos os maiores gastos, sendo o contrário
verdadeiro.

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