Resumo

Resumo: Durante exercícios exaustivos de alta intensidade há uma diminuição na excitabilidade e facilitação intracortical que pode reduzir a produção de potência e consequentemente piorar o desempenho. Essa piora no desempenho é acompanhada por um aumento na percepção subjetiva de esforço. Dessa forma, nosso principal objetivo foi utilizar a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) anódica para aumentar a excitabilidade e facilitação intracortical numa tentativa de contrabalancear os efeitos inibitórios do exercício e melhorar o desempenho. Onze atletas (idade, 29 ± 2 anos; estatura, 174 ± 4; massa corporal, 81 ± 7; tempo de prática, 2 ± 1 anos; consumo de oxigênio pico, 53 ± 4 ml kg-1 min-1) foram submetidos a três time trials de 2 km com no mínimo 48 h de intervalo entre testes. Sendo que antes de um dos testes o voluntário recebia 20 min de estimulação anódica. A condição ETCC anódica foi comparada com uma condição placebo e outra controle. O tempo para completar o time trial foi menor na condição ETCC anódica (440,5 ± 15,2 s) quando comparada a condição placebo (447,9 ± 18,01 s) e controle (449,4 ± 13,1 s). A percepção subjetiva de esforço foi significativamente menor apenas ao final dos últimos 500 m de teste na condição ETCC anódica comparada as outras duas condições. Não foi encontrada qualquer diferença na concentração de lactato, frequência cardíaca, consumo de oxigênio e eletromiografia entre as três condições experimentais. A potência foi maior nos últimos 500 m para a condição ETCC anódica comparada a placebo e controle. Os dados demonstraram que os indivíduos tiveram um melhor desempenho após receber 20 min de ETCC anódica. A melhora no desempenho foi explicada pela menor fadigabilidade percebida que por sua vez permitiu aos voluntários imprimirem maior potência nos últimos 500 m do time trial melhorando seu pacing.

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