Resumo

As instituições de ensino superior têm um papel fundamental na dinâmica social e económica de qualquer país, sendo determinante a sua influência na carreira profissional dos seus estudantes, nomeadamente no estímulo ao empreendedorismo. O seu papel formativo é crucial, inclusivamente em questões estruturantes como a equidade de género no contexto empresarial (Bretones & Radrigan, 2018; da Costa, Miragaia, & Veiga, 2023). Deste modo, as instituições de ensino superior podem atuar como agentes de mudança de conduta (Bretones & Radrigan, 2018; da Costa et al., 2023), utilizando os seus currículos, programas educativos e práticas pedagógicas para estimular uma cultura mais empreendedora e equitativa, disponibilizando assim ferramentas teóricas e práticas que permitam estimular a intenção empreendedora, em particular no género feminino. Neste caso em concreto, a formação tem vindo a desempenhar um papel fundamental no que diz respeito ao aumento da autoestima das mulheres, da perceção que estas têm sobre as suas habilidades/capacidades empreendedoras, bem como da sua autoeficácia (Ndofirepi, Dzansi, & Rambe, 2018). Por sua vez, de acordo com a literatura, os estudantes do género masculino continuam a demonstram mais confiança, interesse e uma maior tendência para iniciar os seus próprios negócios (Ndofirepi et al., 2018). Posto isto, é importante refletir sobre as ações estratégicas que têm sido implementadas pelas instituições de ensino superior no sentido de estimular o empreendedorismo, particularmente o empreendedorismo feminino (da Costa & Miragaia, 2022; da Costa et al., 2023), uma vez que também no contexto desportivo os estudos têm indicado que as jovens mulheres não são tão confiantes quanto às suas capacidades para desenvolver um projeto empreendedor.

Acessar