Estratégia de dados para desenvolver o estudo do fã de do futebol: relato de experiência no clube Atlético Mineiro

O conceito de Big Data pode ser entendido como a aplicação de tecnologia ao processo de captar, armazenar, combinar e interpretar um grande volume de dados, a fim de gerar insights, que apoiem ações estratégicas de negócio (Elgendry & Elragal, 2014). Construir uma cultura de dados significa uma busca sistemática por informações para tomadas de decisão. Na indústria do esporte, os impactos dos dados se concentram na performance esportiva das equipes e nas atividades de scout. No futebol, o uso da tecnologia para análise de dados se destacou em 2013, quando a federação de futebol da Alemanha, em parceria com a SAP, desenvolveu o aplicativo Match Insights, recurso utilizado pela seleção alemã, campeã do mundo em 2014. Mais do que um futebol efetivo e jogadores habilidosos, a ciência tem permitido que não apenas o desempenho atlético seja analisando. O comportamento humano também tem números mensuráveis e dados analíticos que possibilitam conhecer mais os mercados e os consumidores. Em outras indústrias, os dados se tornaram um importante vetor estratégico de transformação digital. No esporte, ainda que se diga a importância de coletar o máximo de dados possível, de tantas fontes quanto possível, rastrear a base de fãs real e potencial ainda não é uma prioridade nos clubes de futebol. Um projeto de gestão e análise dados nos clubes desenvolve um conhecimento que permite compreender características, atitudes e comportamentos para construir estratégia (Hunt et. al., 1999). Assim, as ações poderão estar mais alinhadas aos conceitos da personalização, identidade e pertencimento de uma cultura centrada no fã de um clube de futebol.

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