Resumo

O presente estudo teve como objetivo comparar parâmetros cinemáticos da marcha de idosos ativos, sedentários e institucionalizados e identificar as estratégias adaptativas durante o andar na presença de obstáculos. Participaram deste estudo 45 idosos, agrupados em três grupos: grupo institucionalizado (GI), 13 idosos residentes num asilo da cidade de Rio Claro, com idade média de 73,6 anos (± 9,18); grupo ativo (GA), 13 idosos com idade média de 64,9 anos (± 6,22), que participavam sistematicamente de um programa de atividade física para a terceira idade; grupo sedentário (GS), 19 idosos residentes na comunidade, com idade média de 72,9 anos (± 8,93). Cada participante foi convidado a percorrer andando, uma distância de oito metros, na velocidade preferida e ultrapassar obstáculos de dois e de 15 cm de altura. As variáveis analisadas foram: comprimento e velocidade da passada que precedeu à ultrapassagem, distância horizontal pé-obstáculo e distância vertical pé-obstáculo. Os resultados revelaram que o GI se aproximou mais do obstáculo alto para realizar a ultrapassagem do que os outros grupos e manteve a elevação da perna constante nos dois obstáculos avaliados. A partir da análise e discussão dos resultados obtidos foi possível concluir que a tarefa de andar e ultrapassar obstáculos representa um desafio maior para os idosos institucionalizados do que para seus pares não institucionalizados. A invariância na altura da perna, independente da altura do obstáculo, durante a ultrapassagem do GI pode associar-se a uma restrição do organismo (i.e., força muscular). Ambas elevações são feitas com amplitudes semelhantes e revelam que a força durante a flexão do quadril é aquela possível para o idoso naquele momento. UNITERMOS: Idosos; Institucionalização; Envelhecimento; Mobilidade; Andar e ultrapassar obstáculos.

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