Estratégias sobre os tipos de alongamentos que precedem o salto vertical
Por Erickson Zacharias Barboza (Autor), Raquel Fleig (Autor), Iramar Baptistella do Nascimento (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 30, n 1, 2024.
Resumo
Design do estudo: identificar uma melhor estratégia de alongamento estático (AE), Alongamento dinâmico (AD) e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) em relação ao rendimento de suas aplicações no salto vertical contramovimento (SCM). Desenvolveu-se uma revisão sistemática da Literatura nos meses de maio e junho de 2021, nas bases de dados Pubmed/MEDLINE, Scopus, LILACS, SPORTDiscus e Embase. Utilizou-se o checklist PRISMA-2020. Para análise de risco de viés utilizou-se a escala do Cochrane handbook e a escala de Downs and Black. 17 estudos foram incluídos para análise qualitativa. O recrutamento da Unidade Motora e a sua frequência de estimulações favorecem os fatores neurais e o desempenho da força muscular durante a contração. Investigações circunstanciadas são necessárias sobre os fatores neurais que modificam as respostas reflexas e controle motor considerando as características biológicas e deformações plásticas. O AE é um preditor negativo para o desempenho do salto vertical (SV) e, as melhorias são reduzidas quando o tempo de alongamento é superior a 60 segundos, e quando associado a FNP não revelou resultados significativos. Sugere-se a utilização do AE antes do AD em períodos curtos de 20 segundos e não mais que 60 segundos na pré-atividade ao SV. Nos alongamentos curtos a gama de movimentos aumentou tanto no joelho quanto no quadril e, a musculatura isquiotibial, quando em tensão, é desfavorável em esportes que utilizam frequentemente o SV. Portanto, a FNP com a utilização da técnica que envolve um processo de contrair e relaxar deve ser investigada de forma isolada e específica preconizando o grupo antagonista. Desta forma, diminuir a força do antagonista pode ser favorável para o ganho de altura, embora estudos atualizados sejam necessários para minimizar os preditores de menor estabilidade e/ou controle muscular. Nível de evidência II; Estudo de Revisão Sistemática.