Estresse em árbitros de Ginástica Rítmica
Por Varley Teoldo da Costa (Autor), Cleiton Pereira Reis (Autor), Maurício Gattás Bara (Autor), Paula Barreiros Debien (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi identificar e classificar o estresse em árbitros brasileiros de ginástica rítmica (GR). Foram entrevistados 10 árbitros brasileiros de GR de nível internacional, com média de idade de 37.6 ±6.6 anos. Realizou-se a transcrição das entrevistas e, posteriormente, uma análise qualitativa foi feita, por meio de miniunidades (MUs). Estas MUs foram classificadas em três categorias: estresse social, biológico e psicológico. Além da dificuldade de conciliar a vida social e a atividade profissional, o relacionamento com outros árbitros, comissão técnica e espectadores são fontes importantes de estresse social para os entrevistados. Quanto ao estresse biológico, os árbitros se queixaram da longa duração das competições. Eles frequentemente apresentam algum tipo de desconforto físico durante a atuação laboral. O estresse psicológico que estes profi ssionais estão submetidos tem relação com o desgaste em atribuir notas à atuação das atletas, além do nível das competições que os árbitros atuam e da necessidade de interpretar o código de pontuação. Conclui-se que diferentes fatores envolvidos na atividade laboral dos árbitros brasileiros de GR se interagem e se relacionam no aparecimento do estresse nestes profissionais